Biografia do General Massena

O general Massena, André Massena, nasceu no seio de uma família humilde, em Nice no dia 6 de Maio de 1758. A família de seu pai era cristã e o nome de família original era Menasse. De origem burguesa, fez carreira na Marinha mercante até aderir à Guarda Nacional da França. Quando o seu pai morreu em 1764, a sua mãe casou novamente e Massena foi viver com parentes. Em 1789 casou-se no dia 10 de Agosto com Anne Marie Rosalie Lamare e ficaram a viver em Nice. Após um breve período como um traficante, retornou ao exército em 1791 e foi feito um oficial, chegando ao posto de coronel em 1792. Vive uma vida intensa, funda diversas Lojas e assume funções de grande responsabilidade, nomeadamente o de Grande Administrador da Grande Loja Geral Escocesa e do Grande Oriente da França. Profissionalmente, chega a ser assessor de Napoleão Bonaparte, caindo em desgraça com as derrotas sofridas nas tentativas de invasão a Portugal. Durante as guerras revolucionárias de França, ascendeu rapidamente na hierarquia militar devido aos seus feitos durante a Campanha de Napoleão na Itália. Já durante o Império, foi feito Príncipe d'Essling por Napoleão Bonaparte, converteu-se em Marechal de França em Duque de Rivoli.

O papel do General Massena nas Invasões Francesas

Foi este general francês que, em 1810 comandou a terceira invasão francesa de Portugal durante a Guerra Peninsular. Apesar da derrota na Batalha do Buçaco, o General Massena, à frente de um exército de cerca de 65.000 homens, chega às Linhas no dia 14 de Outubro, onde já se encontrava o exército luso-inglês. Consegue ainda tomar a vila do Sobral de Monte Agraço, mas é derrotado logo a seguir. Além destas linhas fortificadas, também o Inverno chuvoso ajudava; as grandes chuvas tinham feito transbordar as margens do rio Sizandro, que se tornou numa barreira inultrapassável. Sem conseguir avançar e suportando a revolta dos seus oficiais, a fome, a chuva, o frio, a doença e a falta de comunicações, obrigaram Massena a retirar na noite de 15 de Novembro de 1810, coberto pelo nevoeiro e deixando bonecos de palha no lugar dos soldados, enganando assim o inimigo e atrasando a sua reacção.